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Sempre achei fascinante a engenhosidade das Rube Goldberg Machines, a idéia de realizar operações extremamente simples através de uma engenharia complexa de eventos e ações é fabulosa (como entretenimento, claro). Pra quem não sabia, Rube Goldberg Machines foram originalmente criadas por Reuben Garret Lucius Goldberg numa série de cartoons que ficaram conhecidos internacionalmente. Hoje em dia existem até campeonatos incríveis de inventores que produzem esses aparatos, uma rápida busca no YouTube dá uma boa dimensão da coisa.

Abaixo coloquei um exemplo de uma máquina que tira creme dental do tubo. Repare que uma das ações consiste em fazer um pássaro mover um pino que sustenta um peso sobre o creme dental. Fantástico! Fala sério?

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O fato é que, apesar de pitorescas, temos como certo que essas máquinas absurdas nunca seriam construídas na vida real, correto? Bem, infelizmente no desenvolvimento de software não é raro encontrarmos códigos ou soluções técnicas no melhor estilo Rube Goldberg. E a ocorrência deste tipo de problema se estende para analistas de sistema, arquitetos, e por aí vai.

Um desenvolvedor consciente deve desconfiar quando uma atividade simples requer uma grande cadeia de eventos e mecanismos para funcionar, e sempre se questionar se não existe um caminho mais curto e conciso para executar essa tarefa. Soluções muito rebuscadas só servem para dificultar a manutenção e o entendimento do código, ou seja, perda de esforço e investimento.

Se você fizer um retrospecto e chegar a conclusão que participou da construção de “Rube Goldberg Softwares” (com todo respeito aos geniais cartoons de Goldberg), sugiro que estude o quanto antes Design Patterns, técnicas de refactoring, boas práticas das tecnologias e metodologias que utiliza e convença os demais profissionais envolvidos a adotarem a mesma postura. Pode acreditar que vale a pena!

Um pássaro tirando um pino que sustenta um peso… Magnífico! 🙂