Pensar é um fazer!
Uma das coisas legais da virtualização dos pedais para guitarra em softwares é a capacidade de combinar múltiplos efeitos numa gravação, algumas vezes fazendo combinações do mesmo efeito. “Hã? Como assim?” Eu explico.
Imagine criar uma música utilizando delay, aquele efeito de eco, tipo:
Tranquilo, não? A única preocupação é acertar o tempo do que está sendo tocado com o tempo do efeito (ou vice-versa, o que for mais fácil, hehehehehe). Agora imagine combinar 3 pedais de delay, com tempos diferentes, a coisa se torna um pouco mais complexa, porque você precisa encaixar os tempos de cada pedal junto com o que você está tocando. Abaixo coloquei um experimento que fiz no InTone com três pedais de delay, mas com configurações diferentes.
O resultado você confere abaixo no player sintético:
Olha, o que posso dizer sobre esse tipo de processo, lembrando que não sou nenhum teórico e aprendi tudo como autodidata, é que em alguns momentos devemos simplesmente pensar no som. Sim, ao invés de ficar calculando e equacionando tudo basta pensar na música que ela sai, porque pensar é um fazer. Acredite. Quer uma prova?
Comece a batucar na sua mesa agora, (err, se você estiver no trabalho convém olhar se não tem ninguém por perto :)). Enquanto estiver batucando, feche os olhos e ouça o som produzido, tente fazer algo com algum ritmo, mesmo que simples, e mantenha durante alguns segundos a batida. É importante se desnudar do ridículo nesses momentos, porque pra que haja alguma transformação será necessário um movimento, certo? Você precisa pensar na música, só na música. Comece a fazer qualquer variação que seja na batida. Quanto mais tempo passar, mais natural ficam as variações, chega uma hora que você não distingue mais quem está guiando quem: você, a música?
De fato, o que importa? Música é um pensar!
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