Nano mundo microtonal
Sempre que posso realizo alguns estudos sobre diferentes estilos de música, instrumentos inusitados, e formas sonoras diferentes, mas às vezes me deparo com mundos musicais totalmente novos, como foi o caso da música microtonal. Foi por acaso o meu primeiro contato com a música microtonal, e o mais interessante é que eu ouvia algumas bandas microtonais sem saber.
Principalmente no ocidente, estamos acostumados com uma divisão das notas conforme a figura abaixo:
A menor unidade de som, se podemos chamar assim, seria o semitom, como por exemplo o C# (não é C Sharp agora, galera, é dó sustenido!), D#, F#, e assim por diante.
O interessante é que nossos ouvidos foram educados para entender e processar tons e semitons. Microtons seriam então divisões menores que um semitom. Por exemplo, 1/4 de D#. Na pequena figura anterior vemos a representação para quartos de notas.
Ao que tudo indica, os gregos já faziam som microtonal, seguindo uma escala de microtons própria. Na Grécia antiga a música microtonal ocupava um importante espaço na teoria musical.
Nas minhas primeira tentativas de realizar música microtonal, utilizei um software chamado Tonal Plexus e gravei um exemplo com o Audacity, que coloco abaixo:
O que está acontecendo no exemplo acima, é que ao invés de utilizar um piano onde, para uma oitava completa, utilizamos 12 teclas (entre tons e semitons) utilizei um sintetizador que completa uma oitava utilizando 211 microtons. Abaixo tem uma imagem do sintetizador.
Esse é um assunto extenso que pretendo comentar em vários posts futuros, então, se você achou interessante e gostaria de comentar alguma experiência com música microtonal, fique à vontade.
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