Mestres do non sequitur e outros tipos perniciosos – Parte 2
Se você não leu o post anterior da série, faça agora. Continuando, veremos o primeiro tipo de falácia.
Falácia no estilo “bichinho de Deus”
A definição “bichinho de Deus” foi evocada em uma conversa com o @mantov, onde lembrávamos da infância vivida em Minas Gerais. Situação: uma criança brincando com algum inseto, geralmente uma joaninha ou algum outro bem indefeso, aí vem um idoso (quase sempre) e diz: “Não faça isso menino, é bichinho de Deus! Deus castiga se você judiar!”. É o famoso apelo a piedade.
Alguém que solta falácias usando esse estilo se vale de um estado de lamúria para conseguir a aprovação de quem está ouvindo (ou lendo). Em tempos de twitter, seria a falácia oriunda de #mimimis.
Identify</span> & help
Como vimos, não é bacana judiar dos “bichinhos de Deus”, então o mais correto seria identifcar a proposição e o apelo à autoridade e argumentar que o estado lastimoso do interlocutor nada tem a ver com a verdade da proposição.