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O estilo Duck Typing é muito comum para programadores de linguagens dinâmicas, como por exemplo, Ruby. Ele permite que um objeto seja passado para um método que espera um certo tipo, mesmo que o objeto não seja deste tipo. Popularmente, o Duck Typing é definido pela frase a seguir:

If it walks like a duck and quacks like a duck, it must be a duck.

Numa tradução livre, seria algo como: “Se isso anda como um pato e fala como um pato, isso deve ser um pato”. Observe com bastante atenção o código abaixo. Repare que da linha 24 a 27 o método FazerQuack recebe um objeto do tipo dynamic, e usa a propriedade FazQuack() desse objeto. Não importa se o objeto é do tipo Pato ou Humano, desde que ele “faça quack” ele atenderá ao objetivo do método.

Experimente descomentar o código das linhas 18 e 19, e observe que ocorrerá um erro. Isso porque ao utilizarmos o tipo dynamic a checagem será realizada apenas em tempo de execução.

using System;

public class Program
{
    static void Main()
    {
        Executar();
    }

    private static void Executar()
    {
        var pato = new Pato();
        var homem = new Humano();

        FazerQuack(pato);
        FazerQuack(homem);

        //var cao = new Cachorro();
        //FazerQuack(cao);  // Essa linha gera um erro.

        Console.ReadKey();
    }

    private static void FazerQuack(dynamic ser)
    {
        ser.FazQuack();
    }
}

internal class Pato
{
    public void FazQuack()
    {
        Console.WriteLine("Quack!");
    }
}

internal class Humano
{
    public void FazQuack()
    {
        Console.WriteLine("Eu sei falar 'Quack!'");
    }
}

internal class Cachorro
{
    public void FazAu()
    {
        Console.WriteLine("Au!");
    }
}

Esse tipo de abordagem nos faz refletir sobre o equilíbrio entre o valor da tipagem forte e a produtividade de trabalharmos em um contexto dinâmico. Com o advento do C# 4.0 e suas bibliotecas dinâmicas, ficou bem mais fácil adotar esse estilo de programação.

Para exemplificar um dos possíveis problemas do Duck Typing, imagine termos métodos com o mesmo nome mas que não desempenham a mesma atividade. Claro que isso dependerá de quem estiver programando, mas o fato é que quando trabalhamos com dinamismo temos muito poder nas mãos, e erros serão mais desastrosos ao código do que dentro de um contexto estático e fortemente tipado.

O código-fonte de exemplo demonstrado pode ser baixado aqui:

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