Architect’s roles (parte 2): O magnetismo de tecnologia e negócio
Vimos como a diferença de atuação entre os tipos de arquiteto determina o alcance de suas visões numa organização. Evidentemente, a própria estrutura organizacional, seu tamanho, área de atuação e abrangência, fundamentará a necessidade de um ou mais papéis de arquitetura.
Embora a ideia de “papel” (e não, “cargo”) agrade os mais jovens e/ou menos experientes na área de TI, é fato que em determinadas circunstâncias existe um atrito de interesses latente.
Sério, não seja ingênuo!
Já participei de algumas discussões onde todos criticavam a necessidade de haver arquitetos (embora todos trabalhassem em cenários pequenos ou “desconectados” de outros contextos ou integrações). A aplicabilidade da chamada:
arquitetura compartilhada entre o time auto organizado e multidisciplinar
… funcionando em qualquer contexto é uma balela! Não caia nessa!
Como costuma dizer o meu amigo Elemar Jr em suas palestras:
A arquitetura de software existe, mesmo que não tenha sido pensada.
Qualquer sistema depois de construído poderá ser expresso em termos arquiteturais, mesmo que ninguém tenha refletido racionalmente a respeito. Óbvio, não?
Sendo assim, imagine gerenciar um set de 130 sistemas convivendo dentro da mesma infraestrutura, compartilhando recursos, tecnologias, informações, centros de custo etc. Pense num produto distribuído em diversos países, cada um com suas particularidades. Tente conceber uma fusão entre duas empresas e quais os desdobramentos tecnológicos que certamente afetarão o negócio.
Quanto antes você aceitar a inevitabilidade do raciocínio sobre arquitetura, melhor. 😉
Arquiteto de Solução ou de Negócio?
Cada vez mais, venho me convencendo de que existem 2 “supertipos” de arquiteto. O primeiro está mais ligado a TI, geralmente faz parte do seu core e responde diretamente ao responsável pela área. O segundo tipo, em quase todos os casos, também faz parte da área de TI, contudo, foca grande parte de sua energia em conhecer profundamente todas as nuances do negócio.
O nome mais correto para o primeiro arquiteto seria Arquiteto de Soluções. O segundo é chamado de Arquiteto de Negócio.
O rabisco acima mostra o quão próximo os arquitetos estão de cada área: Tecnologia e Negócio. Embora cada um esteja mais próximo de um “ímã” específico, ambos sofrem atração/repulsão do outro “ímã”. Nessa analogia, as linhas de força atuam sobre os arquitetos (mesmo sendo invisíveis) levando preocupações e focos distintos.
Assim sendo:
O Arquiteto de Negócio trabalha muito próximo ao negócio e entende detalhadamente como funciona a organização. Eles estão presentes na modelagem de processos da organização, e dão suporte na definição de arquiteturas, realizando a análise de requisitos de soluções novas ou existentes.
Enquanto que:
O Arquiteto de Solução têm a responsabilidade especial para serviços e funções de reusabilidade. Eles alinham novas soluções para os princípios arquiteturais definidos em uma organização e as relaciona com foco em integração. Eles equilibram os requisitos funcionais e não-funcionais de acordo com as prioridades da empresa.
Continua…
One reaction to this post (archive)