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Falácia no estilo “bullshit”
É comum nos valermos de definições para tornar os nossos conceitos mais claros. Uma definição deve expor com exatidão o significado de alguma coisa. Assim sendo, o interlocutor deve colocar uma definição de maneira breve e clara, e o receptor deve ser capaz de aplicá-la a situações concretas sem ajuda exterior.
Por exemplo, se definirmos o que significa “arquitetura”, o receptor deve ser capaz de aplicar a definição assertivamente. Caso o receptor falhe ao definir “arquitetura” e aplique o conceito a objetos que não façam parte dessa definição, então a definição é falha. Lembrem-se: “Definições não são argumentos, mas definições incorretas, por vezes tendenciosas, são muitas vezes incluídas em argumentos, tornando-os falaciosos.”.
Seek & Destroy
Identifique o termos que estão sendo definidos, em seguida, identifique as condições da definição. Procure um objeto que preencha as condições da conclusão mas que obviamente não seja uma instância do termo a definir. Pronto, você quebrou a falácia!
Contudo, fique atento, pois existem outros tipos de falácia que se encaixam nesse estilo. A falácia pode ser pouco clara, ou se valer de argumentos restritos, e no pior dos casos ser contraditória.
Isso vai muito ao encontro do que eu mais combato na nossa área, que é o abandono da semântica! Por exemplo, ter sistema legado como sistema ruim, nocivo e várias outras definições torpes, ferem o léxico e estigmatizam termos positivos e concretos da nossa realidade. Ótimo post!